Algo que me irrita bastante nas pessoas é a sua fé no Estado. O Estado tomou o poder da salvação que já pertenceu á religião, ciência e agora se tornou o novo Deus-laico da modernidade.
As pessoas podem até não suportar ouvir sobre politica mas algo que amam é demandar funções, necessidades e pedidos ao Estado.
A triste realidade é que o Estado está distante de realizar e cumprir com o que é demandado pela população.
De alguma forma é necessário fazer com que as pessoas entendam e acreditem que o Estado não produz nada; apenas se apropria do que os indivíduos produzem. O Estado é um parasita, seu nascimento fala muito sobre sua forma de organização, valores e ideologias. Nas linhas abaixo irei explicar melhor.
FRANZ OPPENHEIMER. |
O economista e pensador alemão Franz Oppenheimer apontava que o Estado possui um nascimento ligado ao roubo, saque, espoliação de propriedades, terrenos, bens materiais e imateriais de um determinado povo.
Tente imaginar que exista uma tribo X onde na qual ela produz inúmeros recursos, ferramentas e uma tribo Y vizinha caminha em sua direção com o objetivo claro de rouba-la.
Após a batalha, embora haja um vencedor é notável perceber que ambas perderam; perderam soldados, recursos, proteções, instalações, ferramentas e saúde.
É nesse momento que a outra tribo tem uma ideia brilhante e maléfica. Diferente das outras vezes que após o saque, roubo era natural se retirar, agora a tribo vencedora fica.
Se estabelecendo no local, a tribo dominante tentará por meios coercitivos e retóricos defender a legalidade de sua permanência.
Provavelmente irá falar que sua intervenção é para proteger aquela comunidade, sociedade, nação etc, dos ataques de outras organizações mais perigosas porém é preciso que tal grupo "defensor" receba uma quantidade do que é produzido pelo grupo defendido, dessa forma, recebendo um valor está garantido que os contribuintes serão protegidos de ameaças externas, ou até conflitos internos.
Conseguem enxergar a coincidência desse pensamento com nossa realidade? os governos de todas as épocas usaram tais argumentos de que os mesmos eram necessários para garantir á educação, saúde, segurança, liberdade de seus cidadãos.
Dessa maneira, o tamanho do Estado tende a aumentar á medida que as pessoas o permitem ter acesso as atividades, serviços, criações que são desenvolvidas pelos indivíduos.
Seguindo esse movimento, o governo estará presente em tudo que for planejado. Se por algum motivo alguém abre, cria ou projeta algum serviço em que o Estado não terá participação, ele será rapidamente fechado e seu criador e envolvidos serão severamente punidos.
Algumas pessoas podem usar o argumento de que o Estado faz isso para proteger as propriedades; nada mais absurdo.
O Estado não protege propriedade alguma. É a mesma proteção que um fazendeiro tem com seu gado. Ele "protege" os animais pelo motivo de deles tirar a sua sobrevivência. Usando do argumento de protege-los espera calmamente apenas o momento de os abater.
O governo "protege" o seu carro pelo motivo dele cobrar o IPVA, da mesma maneira que ele "protege" sua casa porque visa retirar o IPTU.
Se por algum motivo o cidadão planeja parar de pagar esses tributos ou buscar um serviço alternativo corre um grande risco de ter seus bens confiscados pela receita federal.
Se algum dia o cidadão se recusar a ceder sua propriedade pode ser preso e caso resista a prisão será morto. Como imposto não é roubo? e o Estado não significar escravidão?
A natureza humana é produzir, os políticos não produzem; esperam atentamente que alguém produza, para dessa forma taxa-lo, cobrar impostos e assim se manter. Alguns podem dizer que existem pessoas que não são corruptas, ou que apoiam o livre mercado do Plenário da Câmara porém se esquecem que por mais que elas(políticos)não estejam envolvidas em grandes esquemas ou defendam ideias libertárias as mesmas aceitaram se manter através do dinheiro do roubo, dinheiro ilegal, impostos.
Se realmente defendessem o livre mercado não estariam onde estão. Não lutariam por essas ideias através do Estado.
Os setores que são menos regulados e apresentam mais liberdade são justamente aqueles que possuem melhores resultados, menores preços e maior aceitação pelo público.
De outro lado, os setores mais regulados, que apresentam mais leis, mais normas para que se exerçam suas atividades são justamente aqueles nos quais onde temos péssimos resultados, preços abusivos e maior quantidade de queixas.
Por que a policia é tão ineficiente? uma dica bem simples: Incentivos inadequados. Se a policia trabalhar ruim ela não será punida da mesma maneira que se ela trabalhar bem não será recompensada.
Não podendo recompensar os bons ou punir os maus a ideia é que o serviço apresente uma qualidade péssima.
Á medida que os setores possuem inovação, lutam para conquistar novos adeptos, enfrentam concorrência por um mesmo ideal; existe uma tendencia de que o serviço se transforme e melhore gradualmente.
Tente imaginar os inúmeros sonhos, projetos, pensamentos, idealizações que o Estado matou durante sua existência. Inúmeras criações desde as mais simples para as mais complexas que serviriam para o desenvolvimento e o bem estar da humanidade que foram silenciadas, destruídas, apagadas no exato momento em que para ter acesso ao uso, criação, transformação das mesmas foi necessário inúmeras regulações, assinaturas, processos por parte do governo.
O estatismo é uma filosofia que mata por dentro. Quanto mais o Estado planeja menos os indivíduos podem planejar. Você não é o Estado. Você é dono de si mesmo, de sua humanidade, de seus sonhos.
No exato momento em que o Estado possui o controle e o poder de determinar aquilo que você pode ou não fazer, do que deve ou não realizar, do que pode ou deve deixar para trás; ele está se apropriando de sua humanidade, portanto, de sua vida, sonhos, ambições e isso não o difere de um ladrão, salteador, imoral e corrupto.
O custo de um governo para a humanidade é maior do que se pode imaginar. Dias, meses, anos e séculos de retrocesso o Estado nos obriga a sentir quando legisla suas vontades, ou impede nossas ambições.
-Elizeu Eufrasio.