terça-feira, 12 de abril de 2016

Que falta faz um Voltaire.

Cada sociedade precisa de seu Voltaire.


Meus queridos leitores, o homem que escolhi para falar e homenagear hoje, é para mim um grande herói e professor. Ninguém menos do que o fenômeno da literatura francesa: Voltaire.
Voltaire, foi um desses homens que estava á frente de seu tempo, viveu no século XVIII.
Era defensor de que o Estado se mantivesse separado da religião, já que sua sociedade os mantinha unidos.
Era defensor da liberdade de imprensa, enquanto sua sociedade apoiava a censura e o temor.
Era a favor da propriedade privada ao mesmo tempo em que sua sociedade defendia a intervenção estatal.
Defendia a tolerância religiosa das garras das religiões.
Voltaire, sofreu inúmeras humilhações, opróbrios, perseguições, prisões e ameaças por sua defesa da liberdade, tolerância, individualidade.
Foi um dos autores mais lidos na Europa por inúmeras almas sedentas de liberdade. Como a vida é cíclica, no mesmo local em que Voltaire foi por diversas vezes ameaçado e condenado. É considerado hoje um dos mais importantes filhos que a França já teve, quem estava errado?
De um lado uma monarquia decadente, um clero sem dignidade e moral. De outro, um pensador brilhante e inteligente. Na sociedade existia um clero que fazia o oposto do que pregava e ao mesmo tempo um pensador que não somente cobrava como expunha os exageros que cometiam.
É radical demais defender a liberdade? a independência? a tolerância? será que esse quadro não está se repetindo atualmente?, o Brasil é um país em que os empresários sentem medo de questionar e ir contra o governo, qual o motivo?
O motivo é muito simples, são reféns do Estado. As poucas pessoas que possuem coragem de ir contra e assim o fazem, são vistas pela maioria da população como traidores, rebeldes e enganadores. Talvez, seja este o motivo que fez com que tantas pessoas inteligentes e de potencial tenham-se furtado do debate, da politica, da economia e da sociedade.
Precisamos de alguém como Voltaire, alguém que entenda que aquela frase"A aderência á lei é o que nos torna livres" não faz sentindo algum. É basicamente a mesma coisa que falar que a aderência do escravo ao chicote de seu patrão o torna livre, ou que a aderência da vaca a sua cerca é o que garante a sua liberdade.
O Estado produz leis que são perfeitas para seus livros, constituições, obras porém tristes e depravadas para a sociedade humana. A maior parte das leis da vida não estão presentes em nenhum desses livros, artigos e sim registrados no coração humano, tão verdadeiras e eficazes que nunca foram escritas.
Se alguém perguntasse a Voltaire, se ele ficou satisfeito com a vida errante, preocupante e perigosa que ele viveu, provavelmente a resposta seria um sonoro "Sim". A liberdade não tem preço, ela tem valor.
E esse valor é incalculável; os erros, os exageros, as percas que acontecem em nome da liberdade são apenas a maior prova de que "Mais vale viver uma vida triste em busca da liberdade, do que viver em conforto e na segurança de uma prisão".
Se não houver novos Voltaires no Brasil, a liberdade está condenada por aqueles que acham justo um governo corrupto, uma economia falseada, um país que se orgulha de não ter liberdade.













-Elizeu Eufrasio.


2 comentários:

  1. Muito bom texto... Estava discutindo isto recentemente com meus mestres, Steferson e Marcondes, sobre um professor meu da universidade: ama a humanidade, mas odeia o próximo.

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  2. Descreveu perfeitamente os socialistas. Amam a abstração que se chama sociedade porém são intolerantes com alguém um pouco menos instruído culturalmente. Devemos ter cuidado com esses amantes da humanidade.

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